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O vício em apostas esportivas online tem gerado impactos crescentes no mercado de trabalho brasileiro, refletindo em queda de produtividade, problemas de saúde mental, inadimplência e demissões.
Casos como o do gestor comercial Gustavo Henrique, de 25 anos, ilustram os prejuízos financeiros e emocionais causados pela chamada “epidemia das bets”.
Segundo especialistas, o vício em apostas funciona de forma semelhante ao alcoolismo e ao uso de drogas. Sintomas mais comuns incluem:
Segundo a especialista em futuro do trabalho, Maíra Blasi, o apelo das bets está na promessa de dinheiro fácil, o que atrai principalmente profissionais da base da pirâmide social, como atendentes, pedreiros e entregadores.
“No freela, no bico ou na bet, cria-se a ilusão de que dá para conseguir dinheiro rápido”, resume Maíra.
A professora Luciana Morilas (USP) afirma que as empresas devem assumir responsabilidade social, entendendo que o trabalhador leva para o trabalho os efeitos do contexto social.
Entre as ações preventivas recomendadas para o ambiente corporativo estão:
O poder público também é cobrado a agir. Especialistas defendem:
Apesar da Lei nº 14.790/2023, que regulamenta a operação de apostas esportivas de quota fixa, não há diretrizes sobre o uso no ambiente laboral. Até o momento, o Ministério do Trabalho não se pronunciou sobre medidas específicas para tratar o tema.
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