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A partir desta segunda-feira, 31 de março, os preços dos medicamentos poderão sofrer reajuste, conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU).
A atualização dos valores foi autorizada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e estabelece limites máximos para os aumentos.
Os fornecedores do setor farmacêutico (fabricantes, distribuidores e lojistas) poderão aplicar os seguintes percentuais:
Nível 1: até 5,06%
Nível 2: até 3,83%
Nível 3: até 2,60%
Esses níveis são definidos com base em fatores como inflação, concorrência de mercado e custos de produção.
Para que o reajuste tenha validade, é obrigatório que as empresas farmacêuticas:
Apresentem à CMED o Relatório de Comercialização com:
Dados de faturamento;
Quantidade vendida;
Divulguem amplamente os preços dos medicamentos em mídias especializadas de grande circulação;
Mantenham listas atualizadas à disposição de consumidores e órgãos de defesa do consumidor.
Importante: Os preços praticados não podem ultrapassar os valores publicados pela CMED no Portal da Anvisa.
Segundo a Anvisa, o reajuste anual é um mecanismo de proteção contra aumentos abusivos, ao mesmo tempo em que compensa perdas da indústria farmacêutica devido à inflação e custos operacionais.
O presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, afirma que:
"O reajuste pode demorar a chegar ao consumidor, pois depende da reposição dos estoques e das estratégias comerciais das farmácias."
Ele recomenda:
"É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias para encontrar as melhores ofertas."
A Anvisa alerta que o descumprimento do teto de preços pode resultar em punições, e disponibiliza um formulário digital para denúncias.
O Sindusfarma, entidade do setor, avalia que o reajuste anunciado será:
O menor aumento médio desde 2018;
Potencialmente prejudicial aos investimentos da indústria farmacêutica.
"Pode impactar negativamente os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), além da modernização e expansão das fábricas", afirma Mussolini.
Com informações do G1
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