A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), unidade de alta complexidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES), reforça a importância da prevenção e do acompanhamento médico para gestantes de alto risco, especialmente para evitar distúrbios hipertensivos na gravidez, como a pré-eclâmpsia e a síndrome Hellp.
A pré-eclâmpsia é uma complicação médica que ocorre após a 20ª semana de gestação, caracterizada por hipertensão arterial e disfunção de órgãos, como fígado e rins.
Segundo a ginecologista e obstetra Glícia Ramos, se não tratada, a condição pode evoluir para eclâmpsia, colocando em risco a vida da mãe e do bebê.
Pressão arterial elevada (acima de 140x90 mmHg);
Proteinúria (excesso de proteína na urina);
Inchaço repentino (mãos, rosto, pernas ou pés);
Dor de cabeça persistente;
Problemas de visão (visão turva, pontos cegos ou sensibilidade à luz);
Dor abdominal (indicativa de danos no fígado);
Náusea e vômitos (em casos graves).
A síndrome Hellp é uma complicação grave da pré-eclâmpsia, podendo ocorrer mesmo em pacientes sem hipertensão ou proteinúria prévia.
Segundo a Dra. Glícia Ramos, a condição aumenta o risco de sangramento materno e, nos bebês, pode resultar em nascimento prematuro.
Na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, referência para gestantes de alto risco, o atendimento a casos de pré-eclâmpsia é frequente.
A médica ressaltou que, com a implantação do prontuário eletrônico, será possível acompanhar melhor os dados das pacientes e mapear a incidência da doença.
Desde fevereiro de 2025, o Ministério da Saúde recomenda a suplementação de cálcio para todas as gestantes como forma de prevenção da pré-eclâmpsia e eclâmpsia.
A nova estratégia foi implementada no pré-natal do Sistema Único de Saúde (SUS).
Dois comprimidos de carbonato de cálcio (1.250 mg) por dia, a partir da 12ª semana de gestação até o parto;
Essa dose garante a ingestão de 1.000 mg de cálcio elementar por dia, essencial para regular a pressão arterial.
Além do cálcio, as gestantes devem manter a suplementação de ácido fólico e ferro, tomando cuidado para não ingerir cálcio e ferro juntos, pois podem interferir na absorção um do outro.
A gestante Marielle Martins, moradora de Estância, foi internada na MNSL com 30 semanas de gestação, após ser diagnosticada com pré-eclâmpsia durante o pré-natal no SUS.
“Eu estava com a pressão muito alta e vim para cá para fazer o tratamento. Com 36 semanas, foi realizado o parto da minha filha, Louise. Ela nasceu prematura em 26 de janeiro, mas está bem. Estamos no tratamento do Método Canguru, e espero que logo ela receba alta hospitalar”, relatou Marielle.
A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes reforça a importância do acompanhamento pré-natal adequado e incentiva gestantes a procurarem atendimento médico ao notarem sintomas de pré-eclâmpsia.
Com informações do Governo de Sergipe
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