O desenvolvimento sustentável e o impulsionamento das potencialidades do interior sergipano se somam no projeto Rota da Farinha, iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Turismo (Setur).
Este projeto integra três municípios do agreste sergipano - Macambira, São Domingos e Campo do Brito - para criar um roteiro que oferece imersão na biodiversidade e cultura local, com foco na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável.
Foto: Igor Matias
A proposta conta com parcerias da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac), do Banco do Nordeste e das prefeituras dos municípios envolvidos.
A Rota da Farinha abrange um percurso de cerca de 12 quilômetros que corta os três municípios, destacados pela produção de mandioca e seus derivados, inclusive a farinha para exportação.
“Essa região é um dos maiores produtores do Nordeste da farinha”, explica Thassia Luiza Santana Costa, engenheira ambiental da Setur.
O roteiro turístico, idealizado há alguns anos, está se estruturando para oferecer a melhor condição de atendimento, com objetivo de se tornar um novo atrativo turístico no estado.
“O roteiro tem várias vias de turismo: religioso, esportivo, gastronômico e cultural, por exemplo. Mas o maior potencial mesmo, por estar enquadrado em uma área de serras, é o turismo de aventura, o turismo de natureza e o ecoturismo”, salienta Thassia.
Um dos principais destaques do roteiro é o potencial das áreas naturais incluídas no mosaico das unidades de conservação (UCs) do Complexo Serra da Miaba, cuja proposta foi aprovada em audiência pública em maio deste ano. Essas áreas desempenham um papel crucial no contexto ambiental do estado, onde o turismo já ocorre, embora de forma desordenada.
Foto: Igor Matias
Para garantir uma exploração sustentável, é essencial que essas regiões sejam estruturadas de acordo com as diretrizes de ecoturismo, uma meta central do planejamento estratégico da Setur para a consolidação da Rota da Farinha.
O Estado decidiu formalizar as áreas como UCs, com o objetivo de implementar políticas e diretrizes de ecoturismo e viabilizar investimentos sustentáveis.
O presidente do Conselho Municipal de Turismo de Macambira, Ita Anderson, se reuniu com os outros dois municípios envolvidos - São Domingos e Campo do Brito - para promover ações e coordenar melhor as visitações.
“Queremos que o visitante chegue aqui e aproveite as trilhas, tome um banho de cachoeira, confira a nossa fauna, a nossa flora, essa beleza natural e tudo isso, respeitando a unidade de conservação do local”, afirmou.
A consolidação da Rota da Farinha tem atraído investidores e melhorias para a região.
Pensando no público que valoriza conforto e praticidade, o empresário Igor Marques construiu uma pousada automatizada em Macambira.
Já o empresário Jotinha Menezes planeja investir em um ecoparque nas proximidades da cachoeira de Macambira.
O aumento da circulação de visitantes e turistas movimentará bares e restaurantes.
Altran Paixão, proprietário de um restaurante na Serra da Miaba, em São Domingos, relata que o estabelecimento é um ponto de encontro de trilheiros e turistas, e com a maior visibilidade proporcionada pela Rota da Farinha, haverá o fortalecimento dos empreendimentos da região.
No intuito de proporcionar aos visitantes um turismo de experiência, a Cooperativa de Produção, Economia Solidária de Agricultura de Campo do Brito (Coofama) também faz parte do roteiro da Rota da Farinha.
“O que estamos propondo aqui é que o turista possa tocar na mandioca, fazer a farinha e juntar essa prática com a experiência de fazer trilhas, conhecer cavernas, aproveitar as cachoeiras”, descreve o gerente da Coofama, Luiz Carlos Santos.
Com informações do Governo de Sergipe
