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19/05/2025 05:57

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Farol da Barra, Salvador

Farol da Barra, em Salvador, na Bahia / Foto: Divulgação / Estadão


O Nordeste voltará a ocupar a segunda colocação entre as regiões brasileiras com maior consumo, ultrapassando o Sul após dois anos.

Segundo levantamento da consultoria IPC Maps, as famílias nordestinas devem movimentar R$ 1,515 trilhão em 2025, o que representa 18,59% do consumo nacional, contra 18,51% do Sul.

Dados comparativos

Região Participação no consumo (2024) Participação estimada (2025)
Nordeste 18,06% 18,59%
Sul 18,57% 18,51%

Principais destaques do levantamento:

  • Total do consumo nacional previsto: R$ 8,151 trilhões
  • Crescimento nacional estimado: 3,01% em relação a 2024
  • Participação do Nordeste: 18,59%
  • Participação do Sul: 18,51%
  • Crescimento acumulado do consumo nordestino: de 18,06% para 18,59%

Fatores que explicam o crescimento

  1. Impacto das enchentes no Sul, especialmente no Rio Grande do Sul.
  2. Expansão do turismo, com aumento de visitantes estrangeiros:
    • 159.149 turistas internacionais no 1º quadrimestre de 2025
    • Alta sobre os 105.358 registrados em 2024
  3. Transferência de renda e valorização do salário mínimo
  4. Investimentos em energias renováveis
  5. Melhoria no mercado de trabalho e na renda

Turismo como motor econômico

O turismo continua sendo uma importante fonte de renda para a região. Entre janeiro e abril de 2025, os aeroportos internacionais do Nordeste receberam 159.149 turistas estrangeiros, crescimento de mais de 50% em relação ao mesmo período de 2024.

De acordo com a Braztoa, o Nordeste lidera o turismo nacional

  • Faturamento em 2023: R$ 4,56 bilhões
  • Participação no total nacional: 39,6%
  • Todas as capitais nordestinas têm no turismo uma das principais fontes de renda

“A atividade do turismo é muito diversa na geração de emprego”, destaca Marina Figueiredo, presidente da Braztoa.

Transferências e programas sociais

  • 10 milhões de famílias nordestinas recebem o Bolsa Família
  • Injeção mensal: R$ 6,4 bilhões
  • Antecipação do 13º do INSS: mais R$ 15,76 bilhões na economia
  • Queda na taxa de desemprego: de 11,2% (2023) para 9,4% (2024)
  • Alta da renda do trabalho: 10,3% no Nordeste, acima da média nacional (7,6%)

Perspectivas econômicas

Previsão de crescimento regional em 2025:

  • Nordeste: 2,2%
  • Brasil (PIB): 1,9%

Projeção de longo prazo (2027-2034):

  • Nordeste: 3,2% ao ano
  • Brasil: 2,3% ao ano

Setores impulsionadores:

  • Gás natural e petróleo
  • Energia eólica e solar
  • Saneamento básico
  • Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

Energia renovável como destaque

  • 73 dos 76 parques eólicos do Brasil estão no Nordeste
  • Investimentos em energia eólica (2024): R$ 10 bilhões
  • Total investido desde 2015: R$ 237 bilhões
  • Retorno estimado: R$ 2,90 para cada R$ 1 investido
  • Crescimento de 20% no IDHM dos municípios com parques eólicos

“É um movimento de transformação estrutural. O Nordeste está deixando de depender apenas de políticas compensatórias para se tornar uma região produtiva e sustentável”, resume Flávio Ataliba, da FGV/Ibre.

 

Com informações do Estadão

 

Da redação

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