Brasil tem mais milionários da região e um dos maiores índices de desigualdade / Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
O Brasil é o país com o maior número de milionários em dólares da América Latina, com cerca de 433 mil pessoas, segundo o Relatório Global de Riqueza 2025, divulgado nesta semana pelo banco suíço UBS.
Por outro lado, o estudo também mostra que o país figura entre os mais desiguais do mundo, com um Índice de Gini de 0,82, empatando com a Rússia no pior resultado entre os 56 países analisados.
O Índice de Gini, que mede a desigualdade de distribuição de riqueza, indica que quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade; quanto mais perto de 0, mais justa a distribuição. Veja os 10 países mais desiguais segundo o UBS:
🔎 O índice considerado no relatório do UBS difere do calculado pelo IBGE, que no mês passado apontou o Gini do rendimento domiciliar per capita brasileiro em 0,506 — o menor da série histórica. Isso ocorre porque o UBS avalia todo o patrimônio (bens e investimentos), e não apenas a renda.
O levantamento avaliou 56 países, representando mais de 92% da riqueza global.
O Brasil aparece em 19º lugar no mundo em número de milionários.
Confira os 10 primeiros colocados:
Na América Latina, o Brasil lidera com 433 mil milionários, seguido do México, com 399 mil.
💵 Para referência, US$ 1 milhão equivale a cerca de R$ 5,5 milhões, considerando a cotação do dólar a R$ 5,50.
O relatório aponta que a riqueza global voltou a crescer em 2024, com alta de 4,6%, mantendo a recuperação iniciada em 2023, após a queda de 2022.
O maior crescimento foi nas Américas, especialmente na América do Norte, com avanço acima de 11%, impulsionado pela estabilidade do dólar e pelo bom desempenho dos mercados financeiros.
Para o estudo, riqueza é o valor de:
Bens financeiros (dinheiro, investimentos)
Bens reais (imóveis, veículos) descontadas as dívidas.
Ou seja, itens como casa própria entram no cálculo da riqueza. O relatório evidencia que ter muitos milionários não significa que a população do país seja rica, já que no caso do Brasil, a concentração de riqueza ainda representa um grande desafio.
Com informações do G1
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